Reduza o uso de sacolas plasticas - "Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da Criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante".!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Discurso de presidenciáveis na contramão


O verniz verde assumido por Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), depois da expressiva votação obtida por Marina Silva (PV) no primeiro turno, destoa por completo do modo de administrar da petista e do tucano. Quando foi ministra de Minas e Energia, entre 2003 e 2005, Dilma incrementou a matriz energética brasileira com poluentes fontes de energia.
José Serra ora levantou a bandeira do desenvolvimento sustentável, ora abandonou as propostas pela metade Foto: Renato Weil/EM/D.A Press – 19/4/10
Na chefia da Casa Civil, entre 2005 e 2010, fez pressão e comprou briga para obter num prazo mínimo as licenças ambientais necessárias para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Serra, na prefeitura (2005-2006) e no governo de São Paulo (2007-2010), deixou o transporte de fora do cálculo da emissão de gases do efeito estufa, elaborou projetos ambientais pelas metades, estreitou as relações com os ruralistas e com o agronegócio, em oposição às ideias de conservação e sustentabilidade.
O Correio/Diario fez um levantamento de atos administrativos de Dilma e Serra que contradizem o mais recente discurso ambiental assumido pelos dois. À frente de cargos importantes no Executivo, os dois presidenciáveis nunca trataram o meio ambiente como prioridade e, mais do que isso, foram questionados por práticas negativas e consideradas arcaicas. Agora, para atrairem os 19,6 milhões de votos depositados na candidata do Partido Verde, tanto a petista quanto o tucano assumem compromissos que nunca executaram quando estiveram à frente de ministérios, no caso de Dilma, ou da prefeitura e do governo de São Paulo, no caso de Serra.
Dilma Rousseff ampliou os projetos de usinas hidrelétricas, consideradas uma fonte renovável de energia Foto: Monique Renne/CB/D.A Press – 19/8/10
“Quando um governo tem interesse, não há o que breque uma licença ambiental. Só por via judicial”, exemplifica o promotor de Justiça Fernando Reverendo Akaouí, coordenador da área de meio ambiente do Ministério Público de São Paulo. “Dilma e Serra vestem a camisa de ambientalistas para ganhar os votos de Marina. Os dois não têm compromisso nenhum”, critica André Amaral, coordenador da área de energia do Greenpeace.

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