Com um foco maior em Sustentabilidade, as empresas estão buscando cada vez mais ‘talentos verdes’ para se tornarem fortes em seus mercados
Não importa se a sua empresa faz ou não uso direto de recursos ambientais. Definitivamente a Sustentabilidade faz parte da agenda de toda organização e esta preocupação se estende também para os colaboradores. E se antes os gestores valorizavam os talentos que tinham capacidades voltadas para a internet, hoje este paradigma se repete com a Sustentabilidade.
Ter conhecimentos sobre sustentabilidade é fundamental para profissionais de todos os setores da economia. As empresas já não utilizam essa bandeira somente como marketing e muitas têm sólidas práticas sustentáveis integradas ao seu dia a dia. Mas como então o profissional pode obter conhecimentos sobre o tema? Como pode atuar usando esses conhecimentos? E ainda, como as empresas podem identificar estes talentos verdes?
De acordo com a pesquisadora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, Yara Cintra, “não há normas bem definidas sobre sustentabilidade que possam ser ensinadas, não existe um treinamento específico. Aprender o básico cumpre uma primeira etapa muito importante. Mas em algumas áreas já existem exemplos e técnicas que podem reduzir impactos sociais e ambientais. O mais importante nessa educação é que o profissional esteja disposto a uma mudança de mentalidade”.
Responsável pela análise divulgada recentemente de relatórios de sustentabilidade de 59 organizações que atuam no Brasil, Yara chegou a conclusão que parte dessas empresas sentiu um comprometimento maior dos profissionais após a divulgação desses documentos. Isso acontece por dois motivos principais: ou porque a empresa passa a cobrar mais dos funcionários ou porque um método mais apurado gera maior envolvimento. Em ambos os casos, o que é medido passa a ser gerenciado e cria cultura.
A pesquisa da USP, que teve um foco maior na área financeira e de controladoria, também concluiu que para as empresas incorporarem realmente a sustentabilidade em seus cotidianos, devem contextualizar para seus funcionários suas diretrizes socioambientais. Mudanças de mentalidade, novas técnicas e novos processos de construção do conhecimento: tudo isso revela um novo cenário totalmente ligado à importância da inovação. “Não estamos mais na era do raciocínio linear, é necessário um conhecimento complexo e ainda estamos engatinhando nesse processo”, afirma Yara Cintra”.
O professor Marcos Alberto de Oliveira, Coordenador Pedagógico de Pós-Graduação da FAAP reforça a importância desse conhecimento. “Sustentabilidade precisa fazer parte da formação dos profissionais, até porque já passou a fazer parte do Planejamento Estratégico das organizações. Este assunto já é tratado em todos os setores tanto na indústria como em serviços”, comenta.
Na opinião de Oliveira, as empresas devem ainda educar seus colaboradores, realizando programas de conscientização e cursos voltados ao tema. E, da mesma forma que as organizações buscam alinhar sua estratégia considerando as questões relacionadas ao tema sustentabilidade, os profissionais também devem buscar o aperfeiçoamento profissional nessa área, uma demanda que só cresce nas universidades.
Mudanças de paradigmas
Algumas constatações de duas pesquisas realizadas em 2007 por John Glen, Chris Hilson e Eric Lowitt, consultores da Accenture ligados ao Institute for High Performance, no Reino Unido, reforçam que o mercado de trabalho e a mentalidade, tanto dos consumidores quanto das empresas, mudaram. Publicada na revista HSM Management, edição 81, a reportagem mostra que 89% dos consumidores mudariam para fornecedores de energia que oferecessem produtos e serviços que ajudassem a reduzir as emissões de carbono e 64% indicaram sua disposição de pagar mais por isso. Outra pesquisa observou que 80% das pessoas preferem trabalhar para uma empresa com boa reputação por sua responsabilidade ambiental.
Segundo a pesquisa, existem quatro fatores principais e responsáveis por esse aumento no interesse das empresas pelo profissional verde: conhecimento sobre novas regulamentações, novos investimentos, novas tecnologias e novos valores. Já do ponto de vista das empresas, as dicas que ficam para aquelas que realmente desejam adquirir talentos verdes são: definir os requisitos de talentos; descobrir fontes de talento; desenvolver potenciais e empregar os talentos no lugar e nos momentos certos.
Entre algumas empresas que já desenvolvem programas de geração de talentos estão a eBay e a Diageo. Na eBay um grupo opera de forma voluntária em 10 dos sites da empresa, ajudando a descobrir forma de reduzir as “pegadas de carbono”. Já na Diageo, maior fabricante de bebidas alcoólicas do mundo, foi instituído o programa “Water of Life” (Água da Vida), reconhecido pela empresa como uma poderosa ferramenta para atrair e reter talentos verdes.
Fonte:http://www.hsm.com.br/editorias/sustentabilidade
Não importa se a sua empresa faz ou não uso direto de recursos ambientais. Definitivamente a Sustentabilidade faz parte da agenda de toda organização e esta preocupação se estende também para os colaboradores. E se antes os gestores valorizavam os talentos que tinham capacidades voltadas para a internet, hoje este paradigma se repete com a Sustentabilidade.
Ter conhecimentos sobre sustentabilidade é fundamental para profissionais de todos os setores da economia. As empresas já não utilizam essa bandeira somente como marketing e muitas têm sólidas práticas sustentáveis integradas ao seu dia a dia. Mas como então o profissional pode obter conhecimentos sobre o tema? Como pode atuar usando esses conhecimentos? E ainda, como as empresas podem identificar estes talentos verdes?
De acordo com a pesquisadora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, Yara Cintra, “não há normas bem definidas sobre sustentabilidade que possam ser ensinadas, não existe um treinamento específico. Aprender o básico cumpre uma primeira etapa muito importante. Mas em algumas áreas já existem exemplos e técnicas que podem reduzir impactos sociais e ambientais. O mais importante nessa educação é que o profissional esteja disposto a uma mudança de mentalidade”.
Responsável pela análise divulgada recentemente de relatórios de sustentabilidade de 59 organizações que atuam no Brasil, Yara chegou a conclusão que parte dessas empresas sentiu um comprometimento maior dos profissionais após a divulgação desses documentos. Isso acontece por dois motivos principais: ou porque a empresa passa a cobrar mais dos funcionários ou porque um método mais apurado gera maior envolvimento. Em ambos os casos, o que é medido passa a ser gerenciado e cria cultura.
A pesquisa da USP, que teve um foco maior na área financeira e de controladoria, também concluiu que para as empresas incorporarem realmente a sustentabilidade em seus cotidianos, devem contextualizar para seus funcionários suas diretrizes socioambientais. Mudanças de mentalidade, novas técnicas e novos processos de construção do conhecimento: tudo isso revela um novo cenário totalmente ligado à importância da inovação. “Não estamos mais na era do raciocínio linear, é necessário um conhecimento complexo e ainda estamos engatinhando nesse processo”, afirma Yara Cintra”.
O professor Marcos Alberto de Oliveira, Coordenador Pedagógico de Pós-Graduação da FAAP reforça a importância desse conhecimento. “Sustentabilidade precisa fazer parte da formação dos profissionais, até porque já passou a fazer parte do Planejamento Estratégico das organizações. Este assunto já é tratado em todos os setores tanto na indústria como em serviços”, comenta.
Na opinião de Oliveira, as empresas devem ainda educar seus colaboradores, realizando programas de conscientização e cursos voltados ao tema. E, da mesma forma que as organizações buscam alinhar sua estratégia considerando as questões relacionadas ao tema sustentabilidade, os profissionais também devem buscar o aperfeiçoamento profissional nessa área, uma demanda que só cresce nas universidades.
Mudanças de paradigmas
Algumas constatações de duas pesquisas realizadas em 2007 por John Glen, Chris Hilson e Eric Lowitt, consultores da Accenture ligados ao Institute for High Performance, no Reino Unido, reforçam que o mercado de trabalho e a mentalidade, tanto dos consumidores quanto das empresas, mudaram. Publicada na revista HSM Management, edição 81, a reportagem mostra que 89% dos consumidores mudariam para fornecedores de energia que oferecessem produtos e serviços que ajudassem a reduzir as emissões de carbono e 64% indicaram sua disposição de pagar mais por isso. Outra pesquisa observou que 80% das pessoas preferem trabalhar para uma empresa com boa reputação por sua responsabilidade ambiental.
Segundo a pesquisa, existem quatro fatores principais e responsáveis por esse aumento no interesse das empresas pelo profissional verde: conhecimento sobre novas regulamentações, novos investimentos, novas tecnologias e novos valores. Já do ponto de vista das empresas, as dicas que ficam para aquelas que realmente desejam adquirir talentos verdes são: definir os requisitos de talentos; descobrir fontes de talento; desenvolver potenciais e empregar os talentos no lugar e nos momentos certos.
Entre algumas empresas que já desenvolvem programas de geração de talentos estão a eBay e a Diageo. Na eBay um grupo opera de forma voluntária em 10 dos sites da empresa, ajudando a descobrir forma de reduzir as “pegadas de carbono”. Já na Diageo, maior fabricante de bebidas alcoólicas do mundo, foi instituído o programa “Water of Life” (Água da Vida), reconhecido pela empresa como uma poderosa ferramenta para atrair e reter talentos verdes.
Fonte:http://www.hsm.com.br/editorias/sustentabilidade
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