A Polícia Federal de Campo Grande estipulou fiança de R$ 27.250,00 para a pecuarista Beatriz Rondon, detida por posse ilegal de arma nesta sexta-feira (29), em Aquidauana, a 143 quilômetros de Campo Grande. Segundo o advogado René Siufi, que representa Beatriz, a família está levantando recurso e a produtora deve ser liberada ainda hoje. A prisão ocorreu durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em uma fazenda na mãe de Beatriz Rondon. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Alexandre do Nascimento, dois revólveres e uma espingarda foram encontrados no quarto de Beatriz, o que motivou o flagrante. A operação foi deflagrada em quatro municípios: Campo Grande, Corumbá, Aquidauana e Rondonópolis (MT). Segundo a polícia, além das armas no quarto de Beatriz, foram apreendidas, no cumprimento dos mandados, duas peles - de onça e de jaguatirica -, munição calibre 22 especial para caça, seis espingardas calibre 12, dois revólveres (22 e 38) e 22 chifres de animais. René Siufi diz que a arma foi encontrada dentro do quarto dela, em uma caixa de sapato, mas que pertencem a um tio da produtora. O advogado conta que foi apresentado um porte de arma vencido, mas a polícia entendeu que Beatriz deveria ter responsabilidade, já que estava no quarto dela. A PF e o Ibama cumpriram ao todo seis mandados de busca e apreensão em três cidades de Mato Grosso do Sul e em uma de Mato Grosso, como desdobramento da Operação Jaguar 2, deflagrada em maio deste ano. À época, as investigações apontaram a existência de um vídeo registrando safáris ilegais no pantanal, com matança de onças pintada e parda. O delegado afirmou que, no dia 10 de julho, pediu a prisão preventiva de Beatriz Rondon, do caçador Antônio Teodoro, conhecido como Tonho da Onça, de um piloto de avião e de estrangeiros que participavam do safári. Entretanto, os pedidos foram negados pela Justiça. Apenas os mandados de busca e apreensão foram autorizados, segundo Nascimento. Siufi diz que a cliente nega as acusações de participação e promoção dos safáris em que havia matança de onças. Afirma ainda que as peles de animais - apreendidos na operação passada - são antigas. No trecho do vídeo onde aparece a matança de uma onça-pintada, o advogado confirma que as imagens foram produzidas na propriedade de Beatriz. "Quando o vídeo foi gravado, ela ainda não participava da ONG de proteção às onças, e na ocasião ela havia sido apenas convidada para uma caçada. Mas ela não organizou e nem praticou a caça e matança de onças em sua propriedade", afirmou o advogado.
Fonte:http://g1.globo.com
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