O deputado federal Júnior Coimbra (PMDB-TO) foi multado em R$ 3 milhões pelo IBAMA pela destruição, com fogo, de 153 hectares (1,53 milhão de m²) de floresta "em regeneração" na fazenda Vale da Cachoeirinha, em São Félix do Xingu (PA), de sua propriedade.
A fazenda do deputado tem, ao todo, quatro mil hectares, e se situa na Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, mas isso não proíbe que nela haja atividade econômica, como criação de gado
O Ousado parlamentar disse que o fogo foi acidental e que não se sabe quem foi o causador. Ele supõe que tenha sido alguém que passava numa estrada próxima à propriedade.
O que o IBAMA classifica como "floresta nativa amazônica em recuperação", o parlamentar descreve como pasto com um trecho de mata. “Foi um fogo acidental que entrou na propriedade. Queimou a pastagem e deu um prejuízo enorme. Mas para o IBAMA não interessa se foi acidental ou não. As argumentações têm que ser feitas judicialmente”, disse, ao explicar que pretende recorrer da multa.
Segundo o Cínico deputado, seus funcionários tentaram de todas as maneiras apagar o fogo, chegando até mesmo a se queimar, mas não conseguiram contê-lo.
A fazenda Vale da Cachoeirinha foi visitada por fiscais em helicóptero depois que identificaram, na última terça-feira (26), um grande foco de calor no local, em imagens de satélite. Segundo o órgão ambiental, a floresta em recuperação estava sendo derrubada e queimada "sem critério algum, para ampliar a pastagem da fazenda”. Júnior Coimbra nega que queria aumentar seu pasto.
Na propriedade foram apreendidas ainda cinco motosserras. "Não era motosserra que estava em serviço. Estava guardada. Não é uma arma, é um equipamento usada para cortar uma lenha ou alguma coisa", explica o deputado, acrescentando que se trata de maquinário comum a qualquer propriedade rural.
Júnior Coimbra, segundo informa o IBAMA, já foi multado outras duas vezes por desmatamento na propriedade, em 2005. Sobre estas multas, o deputado justifica que está recorrendo porque a derrubada foi feita para que pudesse exercer atividade econômica no local
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